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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A guerra pela santidade. 2000 anos de massacre.

História de Jerusalém

A cidade de Jerusalém tem uma história que data do 4º milênio a.C; tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa no Judaísmo e o centro espiritual dos judeus desde o século X a.C. Contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.


Surgimento

Períodos Templários

O rei Davi reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônia, em 587 a.C; Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo.

Torre de Davi como pode ser visto a partir de Vale Hinnom.
Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templário acabou em cerca de 586 a.C; quando os Babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C; após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei aquemênida Ciro, o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruíram o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario, o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o Império Aquemênida, Jerusalém e Judeia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judeia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do domínio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabeia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneu em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital.

Divisão e a controversa reunificação


Policiais israelenses encontram um legionário jordaniano perto do Portão de Mandelbaum.
A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopus como um exclaveisraelense. Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares frequentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.
A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha. Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos.Durante este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.

Mapa mostrando q divisão leste-oeste de Jerusalém.
Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados judeus foi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.
No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os Estados-membros retirassem suas embaixadas da cidade.
O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.

Opiniões pessoais

Milhões de vidas foram perdidas durante todas as cruzadas. Não temos estimativas da quantidade de pessoas mortas durante todos esses genocídios que não deixam de ser tão relevantes quantos os outros. A receita do cristianismo tem como necessidade básica o sofrimento e a compaixão. Pois deixa o homem fraco e vulnerável. O tratamento desses sentimentos é com bases de orações que proporcionam o  alivio prometendo algo surreal(fora do comum, que foge a realidade).
Todas as 8 cruzadas tiveram o mesmo motivo. O poder pela terra santa. A vida seria muito mais fácil se tivéssemos esse algo em comum. A extinção de todas as religiões. Que todos vivessem em um bem em comum. A influência espinozista seria um bom principio.



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O anticristo

Uma crítica da concepção cristã de Deus conduz inevitavelmente à mesma conclusão. — Uma nação que ainda acredita em si mesma possui seu próprio Deus. Nele são honradas as condições que a possibilitam sobreviver, suas virtudes — projeta o prazer que possui em si mesma, seu sentimento de poder, em um ser ao qual pode agradecer por isso. Quem é rico lhe prodigaliza sua riqueza; uma nação orgulhosa precisa de um Deus ao qual pode oferecer sacrifícios… A religião, dentro desses limites, é uma forma de gratidão. O homem é grato por existir: para isso precisa de um Deus. — Tal Deus precisa ser tanto capaz de beneficiar quanto de prejudicar; deve ser capaz de representar um amigo ou um inimigo — é admirado tanto pelo bem quanto pelo mal que causa. Castrar esse Deus, contra toda a natureza, transformando-o em um Deus somente bondade, seria contrário à inclinação humana. A humanidade necessita igualmente de um Deus mau e de um Deus bom; não deve agradecer por sua própria existência à mera tolerância e à filantropia… Qual seria o valor de um Deus que desconhecesse o ódio, a vingança, a inveja, o desprezo, a astúcia, a violência? Que talvez nem sequer tenha experimentado os arrebatadores ardeurs(Do frânces, "ardor") da vitória e da destruição? Ninguém entenderia tal Deus: por que alguém o desejaria? — Sem dúvida, quando uma nação está em declínio, quando sente que a crença em seu próprio futuro, sua esperança de liberdade estão se esvaindo, quando começa a enxergar a submissão como primeira necessidade e como medida de autopreservação, então precisa também modificar seu Deus. Ele então se torna hipócrita, tímido e recatado; aconselha a “paz na alma”, a ausência de ódio, a indulgência, o “amor” aos amigos e aos inimigos. Torna-se um moralizador por excelência; infiltra-se em toda virtude privada; transforma-se no Deus de todos os homens; torna-se um cidadão privado, um cosmopolita… Noutros tempos representava um povo, a força de um povo, tudo que em suas almas havia de agressivo e sequioso de poder; agora é simplesmente o bom Deus… Na verdade não há outra alternativa para os Deuses: ou são a vontade de poder — no caso de serem os Deuses de uma nação — ou a inaptidão para o poder — e neste caso precisam ser bons. 

Friedrich Nietzsche

A ideia de um "Anticristo" é visto pelos demais como um demônio. Pessoas que não acreditam em Deus e vivem uma vida em "pecado". Friedrich Nietzsche é um gênio ateu que consegue mostrar em sua obra "O anticristo" uma noção de um mundo sem Deus. Literalmente de suas palavras "A morte de Deus".